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O Poderoso Chefinho

  • Foto do escritor: Sandra Zanoni Cunha
    Sandra Zanoni Cunha
  • 17 de mar. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 8 de mai. de 2019

Por algumas vezes me pego pensando: “onde foi que nós pais perdemos a ponta do novelo, quando o assunto é a educação dos nossos filhos? ” E sempre quando estou pensando nisso é inevitável lembrar das histórias que nossos pais e avós nos contam, em como funcionava a educação nas gerações que nos antecederam.


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Lembro dos meus pais contando do respeito que tinham com os pais deles. E uma história que meu pai conta era que quando eles eram pequenos, moravam na roça. Quando eles encontravam uma fruta vistosa, grande, bonita de se ver e que provavelmente seria a mais saborosa do pé, a primeiro pensando dele era de levar para a sua mãe ou seu pai porque eles, simplesmente mereciam o melhor. E a outra fruta, não tão bonita, ele comia. O que essa história nos mostra? Nos mostra o respeito, admiração e principalmente, a autoridade que era estabelecida dentro daquele lar. Mas também nos mostra, o quanto estamos perdidos no meio de tanta informação.


Ouvimos tanto dizer:

"deixa ele! Ele precisa ter liberdade para crescer saudável".

Com isso criamos reizinhos, onde exercem um reinado que não são deles. Exercem uma liderança que compete a nós. Hoje escutamos muito sobre a importância de dar autonomia as crianças. Dizem: “elas precisam de espaço”, “elas precisam de liberdade”. No final, percebemos que estamos passando o controle de nossas vidas para os nossos filhos.


Definitivamente, estamos perdendo o controle dos nossos filhos dentro das nossas casas.

O filme, O Poderoso Chefinho, começa mostrando uma criança dominando os 4 cantos da casa, inclusive o coitado do irmão mais velho. Mas o desenrolar da história é outro, e muito interessante por sinal. Mas fique tranquilo, que não vou fazer Spoiler, contando a história do filme para vocês, embora seja um filme lançado em 2017.


Quero focar justamente nesse ponto: o domínio que as crianças estão tendo na formação da estrutura familiar.


Hoje as crianças determinam desde o programa que será assistido pela família na TV até quem vai dormir na cama do casal. E onde fica a autoridade, os limites estabelecidos pelos pais na vida dessa criança?


Criança precisa de limites, crianças precisam de regras, e se elas não encontram esses limites, essas regras definidas no seio da família, o mundo coloca e uma hora, esses limites vão chegar.


Vocês já pararam para pensar que esses jovens, provavelmente estão em busca de algo que os parem? Da lei que eles não encontraram ou não estão encontrando dentro de casa?

No consultório, quando vamos conversar com um jovem que tenha uma história de rebeldia ou situações complicadas, e perguntamos o que o levou a fazer tal coisa, percebemos também, que eles não tiveram pais ou cuidadores que os impuseram limites. Filhos órfãos de pais vivos. Onde estão esses pais/cuidadores?


Onde eles estão?

Nossos filhos são a nossa imagem. Se eles são carinhosos, é porque somos carinhosos com eles. Se eles são amorosos, é porque suprimos eles de amor. Da mesma maneira, se formos deficientes em alguma área com eles, eles serão tão deficientes quanto nós nessa mesma área. Como você pode dar, algo que não tem?


Sempre digo, que quando não temos condições de desprender de muito tempo com nossos filhos, mesmo que seja uma hora por dia, que essa uma hora seja de qualidade. Sente, converse, pergunte como foi o dia dele, mostre-se interessado pela vida do seu filho, que ele da mesma forma, se mostrará interessado pela família que ele está inserido. Dê feedback para ele. Afinal, ele precisa saber qual o caminho que está trilhando.


Todo lar precisa ter hierarquia, assim como numa empresa, num reino, num governo. E no lar, os filhos precisam entender que existem pessoas que são autoridade sobre a vida deles, e que essas pessoas são a lei (pai ou cuidador).


Meu intuito é alertar e não deixar ninguém com a consciência pesada, pensando que tem feito tudo errado, pois acredito que na maioria das vezes, sempre fazemos e decidimos pensando no melhor para nossas crianças e adolescentes. Mas quando detectamos que estamos fazendo algo errado, precisamos ter a sensibilidade de voltar atrás, corrigir e fazer melhor. Isso é o que mais importa.

E pode ter certeza que nossos filhos sempre estarão de braços abertos para nos aceitar se antes nós os aceitarmos.

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© 2019 por Sandra Zanoni Cunha.

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